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Após ano de perda, Nova Andradina terá uma das maiores colheitas de milho safrinha em 2017

“Por hectare, a colheita está atingindo 90 sacas. Já na safra anterior, este número foi de apenas 50 sacas por hectare”.

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Se 2016 não foi um ano bom para o setor, este ano a produção de milho safrinha atingirá um dos maiores picos já registrados em Nova Andradina. Com 16 mil hectares de área plantada, a produção de 2016/2017 deverá ter uma colheita estimada em cerca de 86 mil toneladas, contra apenas 42 mil da safra de 2015/2016 em 14 mil hectares. Em percentual, 48,8% a menos na comparação de uma safra do ano anterior.

 O gerente da Coopergrãos (Cooperativa Agropecuária Regional dos Produtores de Nova Andradina), José Antônio dos Santos Filho, e o engenheiro agrônomo, Mario Kai, explicam a atual conjuntura do setor agrícola na região que tem como carro-chefe neste inverno a produção de milho safrinha, seguido da mandioca e do feijão. Já no verão, o destaque é para a soja que também tem apresentando índices crescentes de produção.

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Engenheiro agrônomo, Mário Kai, lembra da seca atípica do ano passado - Foto: Luciene Carvalho/Nova News

Conforme expostos pelos entrevistados, os produtores iniciaram a colheita do milho safrinha há pouco mais de um mês e a previsão é se estender até meados do fim da segunda quinzena de setembro.

“Por hectare, a colheita está atingindo 90 sacas. Já na safra anterior, este número foi de apenas 50 sacas por hectare”. De outro lado, segundo eles, os preços de mercado mantêm cotações abaixo do ano anterior. “O preço da saca chegou a R$ 50,00 em 2016, já agora neste ano está cotada a apenas R$ 15,50”, pontuam.

Apesar dos valores praticados serem desanimadores, a cooperativa comemora o salto de produção que levará a região a ter uma das maiores safras dos últimos anos. Juntos, os produtores de milho safrinha do Vale do Ivinhema somam 86 mil hectares de área plantada e o resultado será uma colheita de cerca de 307 mil toneladas do grão.

Ao lembrarem de como foi o ano de 2016, um dos principais fatos trazidos à tona pelo gerente e o agrônomo da cooperativa é a seca atípica que a região enfrentou no mês de abril.

“Após dois meses – janeiro e fevereiro - de muitas chuvas, abril não choveu absolutamente nada e foi justamente nesta época que o milho estava sendo plantado. Muitas foram as perdas para o setor neste ano”, enfatizaram.

Em relação a este ano, a estiagem em Nova Andradina, que chega exatamente há 40 dias não afetará em nada o setor. O milho, conforme explicado, já está no final do ciclo e tal fato não implica em nenhum prejuízo com a falta de chuvas, mesmo com a geada considerada moderadamente fraca registrada nesta quarta-feira (19). “Agora daqui para a frente é só terminar a colheita e esperar que o mercado possa ter alguma reação e alavanque os preços do setor”, destacaram Filho e Kai que ao fim da entrevista deram ênfase ao setor agrícola que se mantém em processo de expansão em Nova Andradina e região.

*Fonte NovaNews

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