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Nova Andradina contabiliza pior produção de milho safrinha em 5 anos

Outras culturas como feijão e produção de leite serão afetadas com a seca

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Cooperativa aponta prejuízos na cultura de feijão e produção de leite - Foto: Luciene Carvalho/Nova News

A região de Nova Andradina registra 40 dias sem chuva, e os agricultores estimam uma perda de no mínimo 35% na colheita de milho 2ª safra, plantado no ciclo 2017/2018. A preocupação é comprovada pelo investimento que totalizou 50 mil hectares visando uma colheita de 3,5 milhões de toneladas.

Segundo o gerente da Cooperativa Agropecuária Regional dos Produtores de Nova Andradina (Coopergrãos), José Antônio dos Santos Filhos, a estiagem preocupa os produtores que realizaram todo planejamento e agora terão de amargar prejuízo de até 40%.

“Se não chover, a situação pode ficar ainda pior. A última chuva ocorreu no último dia 1º de abril com 45 milímetros. No dia 20 chegou a chover 15 mm, mas apenas em alguns pontos do município e até da região. Parte da produção já registra perda devido ao milho estar pendoando em algumas lavouras e enquanto em outras já estavam enchendo em grãos que não desenvolveram”, explica Santos.

Em entrevista concedida ao site Nova News, o administrador esclareceu ainda que esta é a pior safra dos últimos cinco anos, o que pode impactar na rentabilidade de outros segmentos agropecuários.

“Os impactos serão muito negativos para a área agrícola da região. Os produtores amargarão prejuízos a longo prazo, porque não conseguirão manter as contas em dia com uma quebra na produção desta natureza. Poucos têm seguro, ao contrário da maioria que plantou com recursos próprios e ficará no prejuízo”, acrescenta.

EFEITO DOMINÓ

Outro grupo que está enfrentando dificuldades em função da falta de chuva são os produtores que plantaram feijão ou que atuam na atividade leiteira. Santos aponta como a redução da produção influencia outros segmentos ligados direta ou indiretamente à agricultura.

“Se a safra é menor, automaticamente o recebimento de grãos também será. Uma cadeia inteira será afetada, até mesmo quem depende diretamente do milho como, por exemplo, os produtores de frango ou os pecuaristas no confinamento de gado. Trata-se de uma situação difícil de contornar. O preço médio da saca de milho é de R$ 30,00, no entanto, não adianta ter preço se não temos o produto para vender”, finaliza.

*Com informações do Nova News

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