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'Intolerância tirou mais uma vida', diz Lula após assassinado por discussão política no MT

O crime teria acontecido durante a madrugada desta quinta-feira (8) em uma fábrica de cerâmica em Confresa, no Mato Grosso, após discussão política

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Divulgação

O candidato à presidência Luiz Inácio Lula da Silva, do PT, lamentou na tarde desta sexta-feira (9) o assassinato de um trabalhador durante a madrugada de quinta-feira (8) após uma discussão política em Mato Grosso.

"É com muita tristeza que soube da notícia do assassinato de Benedito Cardoso dos Santos, na zona Rural de Confresa. A intolerância tirou mais uma vida. O Brasil não merece o ódio que se instaurou nesse país. Meus sentimentos à família e amigos de Benedito", postou no Twitter.

Um rapaz de 22 anos que seria apoiador do presidente Jair Bolsonaro (PL), que teria matado um colega de trabalho de 44 anos, que seria apoiador de Lula após uma discussão, queria decapitar o corpo do homem e ainda fez fotos e vídeos após o assassinato. O crime teria acontecido durante a madrugada desta quinta-feira (8) em uma fábrica de cerâmica em Confresa, no Mato Grosso.

De acordo com a Folha de São Paulo, o rapaz teria confessado o crime e está preso preventivamente após a audiência de custódia. Ele matou o colega após uma discussão política a facadas na cidade que tem cerca de 32 mil habitantes.

Ambos teriam brigado por serem eleitores de candidatos diferentes. Segundo a decisão do magistrado Carlos Eduardo Bezerra, que manteve a prisão do rapaz, há provas e materialidade do crime.

O juiz ressaltou que a intolerância pode regredir a sociedade aos tempos de barbárie. "Lado outro, verifica-se que a liberdade de manifestação do pensamento, seja ela político-partidária, religiosa ou outra, é uma garantia fundamental irrenunciável".

Já o delegado Igor Rafael Ferreira de Oliveira, da Delegacia Civil de Confresa, confirmou ao Estadão por telefone que o crime teve “motivação por um debate político”.

“A motivação do crime foi um debate político que envolvia os dois candidatos (Bolsonaro e Lula)”, disse. “Não posso afirmar se foi intolerância política, porque o que disponho até agora foi baseado na narrativa do criminoso. Só as investigações podem confirmar”.

O suspeito foi preso em flagrante e teve a prisão convertida em preventiva. Ele responderá por homicídio duplamente qualificado, por motivo torpe e cruel.

O rapaz foi preso após procurar atendimento médico nos arredores do local do crime. Ele estava com um corte na mão. A equipe do hospital acionou a polícia. O suspeito confessou ter matado Benedito por motivação política.

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