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Campeão de laço comprido e outros dois são presos por tentativa de homicídio em haras

Trio culpa ‘cachaçada’ por tentar matar funcionário degolado

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Anderson, Tiago e Luiz Carlos

Fotos Wesley Ortiz

Uma tentativa de homicídio qualificado em região rural a cerca de 40 km de Campo Grande resultou na prisão de três homens, Luiz Carlos Espindola da Silva, 25 anos, Tiago Gregório Moreira, 29 anos, e Anderson Cabral da Silva, 29 anos. O último, campeão de laço comprido técnico e arrendatário do haras localizado na BR-040, onde foi iniciada a briga que vitimou Airton da Silva Cordeiro, 30 anos.

O caso ocorreu na quinta-feira (30) a noite e está sendo investigado inicialmente pela Derf (Delegacia Especializada na Repressão aos Crimes de Roubos e Furtos). Conforme o delegado Carlos Delano, os três articularam o assassinato de Airton com uma facada profunda no pescoço, funcionário do Rancho Paraíso, em decorrência de uma briga e consumo de bebidas alcoolicas em excesso.

Antes do crime, os quatro estavam juntos, quando teriam se desentendido e Cabral teria desferido um tapa no rosto de Airton. Instantes depois, segundo a investigação, os três levaram a vítima quase desacordada e seminua para uma camionete Hilux, que pertence a Cabral.

Contudo, antes de partirem do local no veículo, Tiago volta e pega uma faca. “Depois, eles andaram cerca de 20 km dali até uma plantação de soja, onde esfaquearam a vítima, um corte de 20 cm de profundidade, e a largaram ali, com a certeza que estava morta”, explica Delano.

No início da manhã do dia seguinte, pessoas que passavam pelo local avistaram Airton inconsciente, mas com sinais vitais, e chamaram por socorro. Ele permanece internado na Santa Casa da Capital em estado grave, recupera aos poucos a consciência e pouco se lembra do que aconteceu.

‘Cachaçada e sangue quente’

Os três foram presos preventivamente na sexta-feira (1º) e devem responder por tentativa de homicídio qualificado. A faca utilizada para feri-lo e o veículo não foram localizados. Já nesta segunda-feira (4), comentam versões sobre o crime, se dizem arrependidos e culpam a atitude pelo excesso do consumo de álcool.

“Foi uma revolta do nada, a atitude que tomei não sei como explicar. Ele acordou depois na camionete e ameaçou a gente de morte. Era nós ou ele, mas o que fiz foi o sangue quente da cachaça”, diz Tiago, quem desferiu a facada.

Anderson relata que em outra ocasião já havia brigado com Airton e que a intenção de leva-lo até o mato era ‘dar um susto’, mas que a situação saiu do controle. Todos afirmam não saber que estavam sendo filmados.

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