Publicado em 22/08/2019 às 13:37, Atualizado em 22/08/2019 às 17:40

Com prefeita afastada, Miranda terá eleição para mandato de um ano

A Justiça Eleitoral, no entanto, não detalhou quando será nova eleição

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TRE-MS afirma que nova eleição vai ocorrer no município. (Divulgação, Arquivo)

Enquanto a prefeita de Miranda, Marlene Bossay (MDB), poderá recorrer da decisão que a afastou do cargo, o TRE-MS (Tribunal Regional Eleitoral de Mato Grosso do Sul) elabora um cronograma para uma nova eleição.

Segundo a Justiça Eleitoral, a chefe do Executivo municipal, cassada por compra de votos, não permanecerá no cargo enquanto apresenta recurso. Na terça-feira (20), o TRE afastou Marlene, seu vice Adailton Rojo (PTB) e o vereador Ivan Bossay (MDB), filho da prefeita afastada. O mandato deles seguiria até o fim de 2020.

Agora, Marlene só poderá recorrer no TSE (Tribunal Superior Eleitoral). A Justiça Eleitoral de MS não detalhou o calendário da nova eleição e como será o pleito eleitoral regular, marcado para outubro de 2020. Por enquanto, o presidente da Câmara, Edson Moraes de Souza (PDT) chefia o município até a eleição convocada pelo TRE.

Entenda

A decisão do juiz eleitoral Alexsandro Motta, da 15ª Zona Eleitoral de Miranda, determinou o imediato afastamento da prefeita, vice e do vereador citado. Marlene foi acusada de compra de votos na Aldeia Lalima de Miranda. A denúncia foi elaborada por Gerson Prata Jr (PSDB), candidato derrotado nas últimas eleições do município, e entregue ao Ministério Público Eleitoral.

O filho de Marlene, Alexandre Bossay, foi apontado como o executor do crime. Ele teria sido flagrado por policiais portando cestas básicas em uma pick-up em setembro de 2016, um mês antes das eleições. Os produtos deveriam ser entregues a eleitores na Aldeia Lalima.

Na época, Alexandre chegou a ser preso em flagrante, mas pagou fiança e foi liberado. Testemunhas ouvidas em inquérito do Ministério Público Eleitoral, incluindo moradores da Aldeia, confirmaram a intenção de compra de votos.

Em sua defesa, Marlene e Adailton alegaram que as testemunhas eram aliadas políticas de Gerson Prata, o candidato derrotado, e que os depoimentos eram incongruentes e contraditórios.