O Conselho de Ética e Decoro Parlamentar da Câmara instaurou nesta 4ª feira (18.set.2019) processo contra o deputado Glauber Braga (Psol-RJ) por ter chamado o ministro Sergio Moro (Justiça e Segurança Pública) de “juiz ladrão” durante audiência na CCJ (Comissão de Constituição e Justiça e Cidadania) da Casa, em 3 julho.
Na ocasião, Moro prestava esclarecimentos sobre conversas divulgadas pelo site The Intercept Brasil que foram atribuídas a ele e a procuradores da Lava Jato, a chamada Vaza Jato.
Em 11 de julho, o PSL protocolou ação e acusou Glauber Braga de quebra de decoro pelo ato.
Nesta 4ª feira (18.set), Glauber Braga fez a leitura de sua defesa prévia, por meio da qual pediu o arquivamento da representação do PSL. Segundo ele, as frases ditas contra Moro estão protegidas pela imunidade parlamentar e pela exceção da verdade. “Quem diz a verdade não merece castigo”, afirmou.
O deputado disse, ainda, que os congressistas possuem direito à liberdade de opiniões, palavras, votos, e que, no episódio da CCJ, apenas emitiu a opinião dele “baseada e lastreada em fatos”. “Se as palavras foram fortes e contundentes, não posso me desculpar. Foram adequadas para o assunto em pauta”, disse.
No Twitter, reiterou sua defesa feita no conselho e disse que “Moro é 1 juiz ladrão mesmo’.
O relator do caso será definido na próxima reunião do conselho. Os nomes sorteados para compor a listra tríplice, da qual sairá o relator são: Cacá Leão (PP-BA), Flávio Nogueira (PDT-PI) e Gilson Marques (Novo-SC).
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