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Organizada do São Paulo ajuda corintiano a reencontrar família após 12 anos

A torcida organizada Dragões da Real, do São Paulo, ajudou o torcedor Corinthiano ser encontrado por familiares após passar 12 anos desaparecido.

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© Instagram / Reprodução / Dragões da Real Foi graças a essa foto, postada nas redes sociais da Dragões da Real, que Oide poderá reencontrar a família.

A torcida organizada Dragões da Real, do São Paulo, acabou ajudando um torcedor rival a ter uma grande alegria, por uma boa razão. Os torcedores realizaram distribuição de hot dogs a moradores de rua na última semana e, em uma das fotos publicadas nas redes sociais, Oide Felisberto Fernandes, foi reconhecido por familiares após passar 12 anos desaparecido.

Na rodoviária da cidade do interior paulista, os torcedores do São Paulo entregaram um lanche a Oide, que estava usando uma camisa do Corinthians, antes de ir realizar uma distribuição em outro local. Ao voltarem, encontraram Oide dividindo o sanduíche com outros moradores de rua que apareceram depois. Os torcedores deram hot dogs a estes e, então, tiraram uma foto com o senhor, que foi postada no perfil da Dragões da Real.

Com a foto postada, o açougueiro Israel Cavalcanti, de Campinas, reconheceu Oide. "Já fiz parte da Independente e sigo todas as torcidas do São Paulo. Quando me deparei com a foto, pensei na hora: 'É o Tiziu!' É o padrasto da minha mulher que está desaparecido há 12 anos. Ninguém sabia onde ele estava, se estava vivo ou morto", afirmou Cavalcanti ao portal Uol

Tiziu é o apelido de Oide. Israel mostrou a foto à esposa e à mãe dela, Márcia, que também reconheceram o ex-marido de Márcia e pai de três das filhas dela. Tom, um dirigente da Dragões da Real, entrou em contato com Israel para conhecer a história e, na sequência, foi até o morador de rua contar-lhe a novidade.

Márcia e 'Tiziu' chegaram a viver por muitos anos na rua, antes de se separarem, segundo ela, por circunstâncias da vida; no entanto, a mulher diz não saber porque o ex-companheiro acabou sumindo, em 2008, e indo viver em Jaú. Hoje, ela vive em Francisco Morato e vive da reciclagem de materiais.

"Foi muito bom saber que ele está vivo. Se ele pretender voltar, eu e as filhas vamos dar uma força pra ele. Não somos ricos, pagamos aluguel, mas vamos dar uma ajuda pra ele não viver na rua. Ele vai morar dentro da nossa casa. Ainda mais nesse momento agora (da pandemia do novo coronavírus), não vamos deixa ele na rua", disse Márcia.

Na última quinta, 7/05, Tom reencontrou Tiziu e lhe mostrou um áudio de Márcia falando dele. "Eu tô chorando de alegria. Ainda mais agora que acabei de ouvir a moça que é a mãe das minhas filhas. Isso acelera o coração do velhinho. Ela nunca fechou as portas pra mim", disse Oide ao Uol.

Agora, a família faz os preparativos para o reencontro, que pode acontecer neste domingo, 11 de maio, o dia das mães. Apesar das dificuldades econômicas por conta da pandemia, Márcia garante que Oide será acolhido e terá um teto.

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