O ex-vereador de Campo Grande, Ademar Vieira Junior, o Coringa (PSD), atual subsecretário de Direitos Humanos, pode gerar um custo de até R$ 107.942,84, por um mês, para assumir a vaga deixada pelo deputado federal Luiz Henrique Mandetta (DEM), que tomará posse como ministro da Saúde, no governo de Jair Bolsonaro (PSL).
O deputado federal Fábio Trad (PSD), atual suplente do ministro de Governo Carlos Marun (MDB), vai assumir a vaga de Tereza Cristina (DEM), que tomará posse como ministra da Agricultura.
Coringa é o 1º suplente de Mandetta, por ter recebido 15.738 votos nas eleições de 2014. Mandetta não tentou a reeleição neste ano, mas foi convidado por Bolsonaro ao ministério.
A posse será no dia 1º de janeiro, porém, a legislatura dos cargos eleitos em 2014 termina apenas no dia 31 de janeiro, período de recesso. Os deputados federais eleitos em outubro deste ano serão empossados no dia 1º de fevereiro de 2019.
Os valores de custos foram somados da seguinte forma: R$ 33,7 mil de salário como deputado; R$ 40.542,84 de cota parlamentar e R$ 33,7 mil de auxílio mudança.
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O valor de auxílio-mudança serve para pagar caminhão de transporte e coisas desse tipo, sendo custeado apenas uma vez ao parlamentar. O parlamentar só não recebe esse auxílio se ele manifestar desejo contrário.
O dinheiro da cota parlamentar é pago mensalmente ao deputado que apresenta nota com gastos que envolvem: passagens aéreas; telefonia; serviços postais; manutenção de escritórios de apoio à atividade parlamentar; assinatura de publicações; fornecimento de alimentação ao parlamentar; hospedagem; outras despesas com locomoção, contemplando locação ou fretamento de aeronaves, veículos automotores e embarcações, serviços de táxi, pedágio e estacionamento e passagens terrestres, marítimas ou fluviais; combustíveis e lubrificantes; serviços de segurança; contratação de consultorias e trabalhos técnicos; divulgação da atividade parlamentar; participação do parlamentar em cursos, palestras, seminários, simpósios, congressos ou eventos congêneres; e a complementação do auxílio-moradia.
Um deputado pode ainda nomear 25 pessoas por gabinete, com salário que varia de R$ 1 mil a R$ 12 mil.
Segundo Coringa, ele só poderá dizer que assumirá como deputado quando Mandetta tomar posse. “A partir desse momento, a Câmara dos Deputados vai convocar o suplente, só a partir daí se decide algo”.
Porém, caso assuma a vaga, Coringa disse querer trabalhar. “Depende do deputado não trabalhar no recesso. Eu posso trabalhar fazendo levantamento de dados, de protocolo de projetos, de encaminhar de projetos, cada deputado faz sua agenda”.
O ex-vereador afirmou ter vários projetos prontos e nesses 30 dias pretende protocolar suas propostas. “Tenho projetos em defesa dos direitos humanos, um projeto na questão da criança e do adolescente, projeto para pessoa com câncer. Nesses 30 dias, se eu assumir, vou conseguir protocolar 10 projetos meus”.
Coringa disse pretender, se assumir como deputado por 30 dias, cumprir oito agendas. “Uma com o governador Reinaldo Azambuja, uma com o prefeito de Campo Grande, Marcos Trad, e com o ministro da Saúde, Mandetta, além de outras pautas”.
O subsecretário da Capital quer nomear uma equipe técnica para ajudá-lo nesse período. “Têm pessoas que vão fazer parte da equipe, pessoas que já trabalham no setor do Direitos Humanos e tem uma ou outra pessoa da equipe do Mandetta, mas só posso falar de equipe depois que eu assumir o mandato, pois só a partir daí vou saber o que eu preciso. Mas sei que é necessário um grupo técnico que está dentro do projeto”.
Coringa disse que não pretende se mudar para Brasília, mas para não receber o auxílio-moradia de R$ 33,7 mil ele terá de pedir a renúncia da quantia. Foi o que fez Fábio Trad. Ele comunicou ao presidente da Câmara, deputado federal Rodrigo Maia (DEM-RJ), que não quer receber a ajuda de custo.
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