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Em época de votos, oportunistas usam programa social para fazer ‘política da boa vizinhança’

Representantes comunitários batem de porta em porta coletando cópias de documentos pessoais e fazendo falsas promessas

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Documentos devem ser entregues direto para servidores na sede da Sedhast Foto: Divulgação / Governo do Estado

Quem vê cara não vê coração e é agindo de má fé que oportunistas estão aproveitando o período de eleição para ganhar a confiança dos menos favorecidos. Em Anastácio – município distante 145 quilômetros de Campo Grande, a Superintendência de Benefícios Sociais da Secretaria de Estado de Direitos Humanos, Assistência Social e Trabalho (SEDHAST) acendeu o alerta para possíveis golpes de pessoas que estariam usando o nome do Programa Vale Renda.

A coordenação do Programa recebeu denúncias de que pessoas não autorizadas estariam coletando cópia de documentos dos moradores carentes em troca da garantia do benefício do Vale Renda.

A prática configura crime. Denúncias relatam que presidentes de associações abordam os moradores e afirmam que vão conseguir o benefício com respaldo de futuros políticos.

O coordenador do Vale Renda, Alessandro Cintra, alerta que nenhum cidadão consegue o benefício fora do prazo de inscrição. O auxílio também não pode ser solicitado por terceiros como prometido pelos golpistas.

“Para a pessoa obter o benefício, ela deve procurar a sede do Programa e agendar uma visita para que os técnicos ou o coordenador, que têm a capacitação e o decreto do governador, para ir até a residência, fazer o relatório e enviar para o departamento responsável em Campo Grande. Após análise é que é dito se o benefício vai sair ou não. Uma série de requisitos envolve o Programa", destaca.

Ainda de acordo com os servidores, o representante de bairro vai de casa em casa perguntando se a família precisa do auxílio e recolhe documentos usando o nome de terceiros para futuras promessas.

“Não estamos em período de inclusão porque a partir do dia 9 do próximo mês começam os registros de campanha eleitoral. Se fossem mandar os documentos agora, demoraria um mês para aprovação e cairia em período eleitoral.”

As informações recebidas pela coordenação local são que os golpistas ainda não estão usando o nome dos pré-candidatos, mas devem usar no momento conveniente.

“Esses representantes comunitários acham que vão levar esses documentos para terceiros e conseguir o benefício, mas não é passando por cima da equipe local e nem da legislação que o auxílio é cedido. A população deve ficar esperta para não cair em golpe e nem ter o voto comprado ou trocado”, alerta Alessandro.

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