Vereadores de Campo Grande podem rejeitar o plano de reajuste salarial deles e do prefeito da cidade, Marquinhos Trad (PSD), já aprovado em primeira votação uma semana atrás.
Para seguir adiante, a proposta que pode subir de R$ 15 mil para R$ 19 mil a remuneração dos parlamentares e de R$ 20 mil para R$ 35 mil a do prefeito, até o ano de 2021, exige-se uma segunda votação. E entre uma e outra votação, o prazo é de dez dias. O aumento seria aplicado de modo gradual a partir de janeiro de 2019.
No caso, a segunda votação deveria ocorrer amanhã, terça-feira (18). No entanto, a notícia do reajuste, que havia conquistado 22 votos favoráveis e dois contra, polemizou e alguns parlamentares já não estão convictos da aprovação. Semana passada, grupos organizados fizeram protesto em sessão da Câmara contra o reajustamento.
Chiquinho Telles (PSD), líder do prefeito da Câmara Municipal, que havia votado pelo reajuste disse que depois de notar o impacto negativo nas finanças do município, reconsiderou sua decisão. Ou seja, votará contra. Odilon Júnior (PDT), outro que votou pelo aumento, também afirmou que vai recuar.
A aprovação dos reajustes depende dos votos de 20 dos 29 vereadores.
O presidente da Câmara dos Vereadores, João Rocha (PSDB), afirmou na manhã desta segunda-feira (17) que pode não propor a segunda votação na terça-feira. Dúvida acerca do propósito do aumento seria a motivação de Rocha, que pretende empurrar o assunto para depois.
Confirmado isso, o reajuste do legislativo municipal pode ser apreciado somente no ano que vem ou ser arquivado ainda nesta semana.
O prefeito Marquinhos Trad disse, em entrevistas na semana passada, que não concordaria com o reajuste a não ser que fosse concedido conforme a subida da inflação, em torno de 4%.
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