De fevereiro a julho de 2025, a Câmara Municipal de Jateí já empenhou e pagou R$ 170.375,00 em diárias para vereadores e servidores, com destinos frequentes para Campo Grande, Ponta Porã, Dourados e até mesmo Brasília-DF. O dado é oficial, extraído do Portal da Transparência, com base na consulta feita às 11h40 desta quinta-feira, dia 25 de julho.
Mesmo com o recesso parlamentar em janeiro, os valores acumulados em seis meses surpreendem.
Veja a classificação dos vereadores que mais receberam diárias:
Jeovani Vieira dos Santos – R$ 22.230,00
Edison José de Lima Paz – R$ 19.530,00
Antonia Marcília Lacerda da Silva Santos – R$ 17.280,00
Rose Monica Duck Ramos – R$ 17.280,00
Edinaldo da Silva – R$ 17.280,00
Suziane Pereira da Silva Manfré – R$ 15.480,00
Laura Emanueli Medeiros – R$ 15.210,00
Robson Carmo Monteiro – R$ 14.130,00
Andreia Colombo de Moura – R$ 11.880,00
Prefeita teve gastos menores, mas enfrenta polêmicas familiares
Em contraste com os gastos do Legislativo, a prefeita Cileide Cabral (PSDB) demonstrou uma postura mais contida nas despesas com diárias: R$ 13.500,00 empenhados e R$ 10.800,00 pagos até o momento em 2025.
Contudo, a gestão da prefeita também entrou no foco de críticas recentemente. Reportagem veiculada pela imprensa estadual em maio expôs que o Tribunal de Contas do Estado de Mato Grosso do Sul (TCE-MS) suspendeu os pagamentos de um contrato de R$ 118 mil da Câmara de Jateí com Davi Pereira Brito, contador e marido da prefeita. A decisão liminar foi publicada no Diário Oficial Eletrônico do TCE-MS no dia 29 de abril, determinando a suspensão imediata dos pagamentos.
Mesmo com a suspensão o marido da prefeita faturou R$ 28.215,00, conforme o portal de transparência da câmara.
Além disso, o filho da prefeita, Kassio Cabral de Brito, também foi envolvido em uma nova controvérsia. Concursado como odontólogo em Anaurilândia, Kassio foi transferido para a Secretaria Municipal de Saúde de Jateí, por meio de um convênio entre os municípios. A mudança foi autorizada pela própria prefeita, em portaria assinada no dia 7 de fevereiro, apenas um mês após assumir o cargo.
O que chama atenção é o salto salarial do filho da gestora: de R$ 3,5 mil em Anaurilândia para R$ 12.565,24 brutos em Jateí, ocupando o mesmo cargo. O aumento expressivo e a centralização de cargos e contratos em torno de familiares geraram suspeitas de favorecimento e possível nepotismo.
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