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Simone vira pedra no sapato de Riedel e MDB em Mato Grosso do Sul

A senadora já declarou que pode ser candidata ao Senado a pedido do presidente Lula e pode tirar o partido da coligação de Riedel no Estado.

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  Fotos: Marcelo Camargo/Agência Brasil

A senadora Simone Tebet (MDB) vai criar um embaraço na formação da chapa do MDB para as próximas eleições em Mato Grosso do Sul. Ministra de Luiz Inácio Lula da Silva, Simone vai se transformar em um problema e tanto para o diretório estadual do MDB e para o governador Eduardo Riedel (PSDB).

A senadora já declarou que pode ser candidata ao Senado a pedido do presidente Lula e pode tirar o partido da coligação de Riedel no Estado. Isso porque lideranças do PSDB em Mato Grosso do Sul não querem Simone, que é ministra de Lula, na chapa do partido.

O governador Eduardo Riedel e o ex-governador Reinaldo Azambuja já se comprometeram a apoiar o candidato ligado a Jair Bolsonaro (PL) para presidência da República, o que inviabilizaria uma aliança com Simone.

A reportagem apurou que o grupo tucano também tem pesquisas que apontam uma rejeição ao nome da ministra, reforçando ainda mais a necessidade de “ficar bem longe”.

A conta parece, mas não é tão simples. Seria fácil avisar a ministra que ela não caberá no pacote. Todavia, Simone funciona como uma porta de acesso de Riedel ao Governo Federal. Além disso, o esposo dela, Eduardo Rocha, é chefe da Casa Civil de Eduardo Riedel.

Reinaldo Azambuja já declarou, mais de uma vez, que a coligação deve ter apenas dois candidatos ao Senado e o que não falta é interessados nestas duas vagas. A chegada de Simone provocaria ainda mais divisão no grupo, que já tem, além do próprio Reinaldo, Nelsinho Trad (PSD), Soraya Thronicke (Podemos), Geraldo Resende (PSDB), Gerson Claro (PP), Marcelo Migliolli (PP) e até Capitão Contar (futuro filiado ao PP) na briga.

Simone tem prestígio no diretório nacional, o que lhe garantiria a candidatura ao Senado em Mato Grosso do Sul, ainda que o diretório estadual não concorde. Além disso, deve arrastar o partido para outra coligação, o que deve desagradar o grupo. O próprio presidente do MDB, Waldemir Moka, ocupa cargo no Governo do Estado.

A ministra ainda não afirmou que será candidata, mas disse à reportagem que não foge de desafios e pode concorrer para atender um pedido do presidente.

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